“A sonda Voyager 1 da NASA é
oficialmente o primeiro objeto feito pelo homem a se aventurar no espaço
interestelar”
Assim começa a matéria veiculada no site da agência espacial
americana (NASA) no dia 12 de setembro de 2013, no qual comunica ao mundo um
evento que certamente será lembrado por muitas gerações. Trata-se não apenas da
coroação de um feito realizado por um grupo de cientistas de certa
nacionalidade, mas de algo que expressa a grandeza da aventura do conhecimento
científico e contraditoriamente mostra o quão pequenos somos todos nós.
Lançada em 1977 com o objetivo de explorar os planetas Júpiter,
Saturno, Urano e Netuno, a Voyager 1, em
conjunto com a sonda Voyager 2, faz parte do programa Voyager.
Desde seu lançamento, a sonda já percorreu impressionantes
19 bilhões de quilômetros, deixando para trás a heliosfera (região que
apresenta uma enorme massa de partículas solares que envolvem os planetas e os
protege da radiação galáctica) e adentrando no espaço interestelar.
As duas naves continuam emitindo dados regulares, ainda que
com uma frequência bem menor que durante as primeiras décadas da missão. Em 25
de agosto do ano passado, a Voyager 1 deu um indício de que não estava mais
transitando na heliosfera. Dados emitidos pela nave indicavam uma queda brusca
das partículas carregadas de energia que são produzidas dentro desta região.
Espera-se que em breve a NASA comunique oficialmente que a
Voyger 2 também se encontra transitando no espaço interestelar e que até 2025,
ano previsto para o desligamento definitivo dos aparelhos das sondas, muitas
informações ainda cheguem ao nosso planeta.
Discos da missão Voyager
As duas sondas da missão Voyager carregam
consigo uma mensagem, semelhante às existentes nas sondas Pioneer 10 e Pioneer
11, para uma possível civilização que a venha resgatar. Trata-se de uma mensagem
gravada em um disco de bronze e folheado a ouro que contém diversas informações
sobre o nosso planeta, dentre as quais sua localização.