quinta-feira, 13 de maio de 2010

Gaspar Viana, Cientista Paraense.


O bairro do Reduto, Belém-Pa, entre o século XIX e começo dos XX, era praticamente um bosque com seu verde exuberante. Nasce e cresce uma das maiores personalidades da medicina nacional e internacional, o orgulho do Pará e que, modéstia parte, podemos chamar de gênio: Gaspar de Oliveira Viana. A residência onde nasceu o menino inteligente e aplicado ainda está de pé e hoje abriga o colégio dom Bosco. Uma placa de pedra em homenagem a ele está encrustada no muro externo com os dizeres “aqui nasceu o grande feitor da humanidade e mátir da ciência Gaspar Viana.
COMO VIVEU ESSE GÊNIO DA MEDICINA?
Menino simples que concluiu seus estudos no então renomado colégio Paes de carvalho obstinado por seu sonho, aos 18 anos mudou-se para o rio de janeiro, em 1903, com o intuito de cursar medicina, e assim descobrir mas tarde a cura para a leishmaniose. O menino curioso montou com seu irmão um laboratório de analise clinica perto do hospital santa casa de misericórdia, no largo do rio. Movido pela vontade de aprender Gaspar passou a freqüentar esse hospital. Percorria diariamente a enfermaria, fazia necropsia. Em 1907 a febre amarela foi extinta no rio e a doença de chagas era descoberta.

DEVOÇÃO Á CIÊNCIA E MORTE PREMATURA!!
Gaspar Viana foi o descobridor de uma doença chamada leishmaniose ou leishmaníase ou calazar ou úlcera de Bauru é a doença provocada pelos protozoários do gênero Leishmania, transmitida ao homem pela picada de mosquitos flebotomíneos, também chamados de mosquito palha ou birigui. Gaspar foi além, não restringiu seus estudos a proporção da especie e assim descobriu o tratamento da doeça. Em 1912, Viana comprovou que o tártaro emético era eficaz no combate da esquistossomose ,era o marco inicial da quimioterapia anti-infecciosa. Ele também realizou trabalhos importantes para a medicina tropical, a respeito da blastomicose e outras micoses ,e ainda sobre a evolução do tripanossoma cruzi nos tecidos humanos e de animais. Aos 29 anos em 1914, nosso héroi morreu vitima de sua própria devoção a ciência.. Enquanto fazia necrópsia, uma incisão acidental fez com que ele adquirisse uma grave infecção turbeculosa que evoluiu para granúlia e meningite, falecendo, portanto, 2 meses depois, no dia 14 de junho daquele ano.

Postado por Edvana Mac, Bolsista Pibic Jr.(LMC-MAF)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Efeito estufa pode estimular vulcão na Islândia

Estudo mostra que, nas próximas décadas, derretimento de geleiras estimularia geração de magma no país


A população mundial tem acompanhado, nos últimos dias, pelo noticiário os efeitos ambientais significativos ocasionados pela atividade de um gigantesco vulcão na Islândia. Tal fenômeno vem gerando, inclusive, um verdadeiro caos aéreo de proporção global, com efeitos sentidos até mesmo aqui, no Braisl. A Islândia é um pequeno país do continente europeu que está localizado geograficamente sobre uma das fendas divisórias de grandes placas tectônicas terrestres.
Uma placa tectônica ou tectónica é uma porção de litosfera limitada por zonas de convergência, zonas de subducção e zonas conservativas. Atualmente, a Terra tem sete placas tectônicas principais e muitas mais sub-placas de menores dimensões. Segundo a teoria da tectônica de placas, as placas tectônicas são criadas nas zonas de divergência, ou "zonas de rifte", e são consumidas em zonas de subducção. É nas zonas de fronteira entre placas que se regista a grande maioria dos terramotos e erupções vulcânicas. São atualmente reconhecidas 52 placas tectônicas, 14 principais e 38 menores , conforme se pode observar na figura abaixo:



O que o noticiário não tem enfatizado é que o aumento dessa atividade vulcânica no planeta está diretamente relacionada com a acelerada degradação ambiental, resultado de intervenções inconsequentes do homem que, por sua vez, comprometem o equilíbrio e a própria manutenção de níveis adequados de condições para a vida no planeta.

Vejam o que diz essa matéria publicada recentemente no portal da revista Exame da Editora Abril:

São Paulo - Artigo científico publicado na última Philosophical Transactions of the Royal Society propõe que a erupções vulcânicas na Islândia podem estar relacionadas com o aquecimento global.

De acordo com a pesquisa liderada por um grupo da Universidade Islândia, o derretimento das geleiras no país pode estimular a geração de magma no subsolo do país. Este cenário, segundo os pesquisadores, favoreceria um aumento das atividades vulcânicas. O processo para que o magma chegue a superfície, contudo, pode demorar décadas ou mesmo séculos.

Em outro estudo presente na publicação eventos climáticos, como o El Niño, são apontados como causa para o aumento de abalos sísmicos e atividade vulcânica. Isso porque, para os pesquisadores, as mudanças atmosféricas podem influenciar o movimento da crosta terrestre.

Especula-se ainda a associação entre o aumento do nível dos oceanos, ou a redução, dependendo do cenário climático, e o aumento na freqüência de terremotos.
Um dos estudos sugere também a ameaça que hidratos de gás, ou clatratos, gases presos dentro de cristais resfriados, podem representar. Pois, na medida em que derretem, esses cristais liberam gases estufa na atmosfera, além disso, podem ainda promover desabamentos submarinos, que, por sua vez, podem gerar tsunamis.

Como bem se vê, Gaia (o Planeta Terra) mais uma vez dá a humanidade uma pequena demonstração de sua força, meio que em forma de alerta, reagindo às ações irracionais e irresponsáveis do homem materializadas em forma de atividades econômicas imediatistas e não sustentáveis. Cabe aqui o apelo á razão e ao bom senso intrínseco ao animal homem para que, na sua sede cada vez maior de lucros, se aperceba que os prejuízos advindos de sua inconseqüência pode representar um tiro no próprio pé.


Curiosidade científica: no interior da nuvem vulcânica, uma paisagem de ficção científica

O carro avança calmamente pela penumbra, faróis e pára-brisas ligados, através da chuva de cinzas: quando se penetra no interior da nuvem de fumaça projetada pelo vulcão islandês em erupção, uma paisagem de ficção científica se abre.
Na escuridão quase completa, como se fosse noite em pleno dia, atravessa-se num silêncio absoluto os campos totalmente cobertos por uma camada de cinzas, com algumas vacas mostrando sinal de vida na região e os carros 4x4 da polícia atravessando em alta velocidade.
Um grupo de fazendeiros faz uma ronda para tentar colocar no abrigo os animais que não podem mais se alimentar. A poeira expelida há três dias pelo vulcão é tóxica para eles.
"É o inferno", suspirou Einar Vidarsson, de 29 anos, "nunca vimos nada parecido. Meu irmão tem mais de 130 cavalos. Ele os levou para o interior esta manhã, mas teve que andar ao longo da rodovia em total escuridão", contou.
O pequeno grupo visita também os moradores das proximidades de Nupur, um conjunto de algumas fazendas isoladas no sul da Islândia, a poucos quilômetros do vulcão Eyajafjöill, para assegurar se tudo vai bem.

Asta Sveinbjarnardottiri e seu marido Gudmundur, ambos com 86 anos, se protegem no interior de sua confortável casa, cujas paredes são cobertas de retratos em preto e branco das antigas gerações que moraram ali.
"Eu sonhei que isso iria acontecer. Eu sonhei com fogo, mas no meu sonho, o fogo se extinguia", descreveu a senhora, que se recusou a sair do local. Se ela tem medo? "Nei, nei, nei!" (não, não e não!), assegurou.
Do lado de fora, um forte odor de enxofre paira no ar e não se pode ver nada além de vinte metros de distância. Tudo está completamente cinza. Um ambiente que relembra cenas apocalípticas do filme "Mad Max".
Graças aos ventos que sopram as espessas colunas de fumaça de Eyjafjöll para o Oceano Atlântico e para a Europa, só uma pequena parte da Islândia, no sul, se encontra recoberta pelas cinzas que paralisam grande parte do tráfego aéreo europeu.
À exceção das fazendas e pequenas aldeias da costa sul da Islândia, o resto do país foi poupado. A polícia bloqueou os acessos à zona, mas os habitantes foram autorizados a retornar às suas casas.
Em outras vilas próximas ao vulcão, onde as enchentes provocadas pelo repentino derretimento das geleiras causaram pequenos estragos, os moradores respeitam as instruções deixando suas casas temporariamente, segundo a polícia.
Em uma ilha pouco povoada e localizada sobre uma falha sísmica e vulcânica, é preciso saber aceitar o destino.
Aqui, "todos verão, ao menos duas vezes em sua vida, erupções, alguns tremores de terra, tempestades de neve ou no mar", enfatizou Haraldur Gudmunsson, um jovem de 22 anos da aldeia de Hvolsvollur, a uns quinze quilômetros ao oeste da erupção.



Modificado de:
http://portalexame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/aquecimento-global-pode-aumentar-atividade-vulcanica-islandia-551482.html.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_tect%C3%B3nica.
http://pt.kioskea.net/news/13641-no-interior-da-nuvem-vulcanica-uma-paisagem-de-ficcao-cientifica.
Acesso em 22 de abril de 2010

Prof°. EDILSON PEIXOTO