terça-feira, 12 de junho de 2012

MODELOS ATÔMICOS



As turmas 1001 e 1002 (1º ano do ensino médio) do turno da manhã realizaram quatro atividades sobre os modelos atômicos de acordo com a perspectiva histórica a qual cada atividade foi submetida, sob a orientação dos graduandos do curso de Licenciatura Plena em Ciências Naturais: Química da UEPA Mauro Souza, Ted Junior e Thiago Santos, e sob a supervisão da Professora Danúbia Tavares.



Com estas atividades os alunos puderam compreender de forma prática o desenvolvimento das teorias atômicas, vivenciando em cada atividade a perspectiva histórica dos responsáveis pelo desenvolvimento desses modelos, no qual começamos com Demócrito/Leucipo (século V a.C.), Dalton, Thomson e Rutherford-Bohr. A importância dessas atividades realizadas foi principalmente de demonstrar aos alunos que as modificações realizadas aos modelos atômicos só foi possível porque outras teorias também estavam sendo desenvolvidas na época, como, por exemplo, a influência da condutividade elétrica no modelo Pudim de Passas de J. J. Thomson ou a radioatividade para o desenvolvimento do Modelo Planetário de Rutherford-Bohr. Portanto cada modelo foi formulado de acordo com os instrumentos científicos que existiam na época e as atividades foram realizadas neste foco, de demonstrar a perspectiva histórica de cada teórico.

ATIVIDADE 01: Dividindo Papel.

- Foi fornecida a cada equipe uma folha de papel e propusemos que eles dividissem o papel até não ser mais possível continuar com a subdivisão.
- Com isso, submetemos os alunos à perspectiva do filósofo Demócrito, que afirmava que o átomo era a menor unidade da matéria e vem do grego: a = não; tomo = divisível. Assim, de forma prática e simples os alunos puderam compreender a definição de átomo.

- Por fim, pedimos aos alunos que desenhassem o que eles conseguiram ver no “papel indivisível”, sendo dessa forma a primeira projeção do modelo atômico.

ATIVIDADE 02: Método Dedutivo.

- Foi dada a cada equipe uma caixa lacrada contendo um determinado objeto.

- Em seguida, solicitamos que os alunos tentassem adivinhar o que havia dentro da caixa (enfatizamos que o objetivo não era propriamente acertar o que havia dentro da caixa).

- Após isso, solicitamos que as equipes desenhassem o que eles achavam que havia dentro da caixa. Por fim, os alunos abriram as caixas e compararam os objetos com os desenhos.

A importância da segunda atividade foi fazer os alunos compreenderem, pela perspectiva de Dalton, que havia comprovação científica para a existência do átomo, mas não era possível observá-lo de forma direta, ou seja, os alunos puderam entender que o modelo de Dalton, apesar de ter fundamentos experimentais, era também dedutivo, assim como a tentativa de adivinhar o que havia dentro da caixa, uma vez que se sabia que havia algo na caixa (comprovação), mas não se podia ver o que havia de fato (dedução).

ATIVIDADE 03: Eletrização por Atrito.

- A atividade foi demonstrada aos alunos a partir de um simples processo de eletrização, em que foi utilizada uma caneta e alguns pedaços de papel. O objetivo da atividade foi demonstrar a presença de cargas elétricas na caneta, após sofrer atrito (processo de eletrização por atrito).

- Com a caneta eletrizada, aproximamos dos pedaços de papel e as equipes puderam visualizar a atração elétrica entre o papel e a caneta.

- A partir da condução elétrica, os alunos puderam entender melhor sobre o modelo atômico de Thomson ao afirmar a existência de cargas elétricas no átomo e pela atividade feita, se o átomo é capaz de sofrer atração elétrica é porque o mesmo possui carga elétrica. De modo prático, os alunos realmente entenderam o porquê do modelo de Thomson ser conhecido como “Pudim de Passas”.

ATIVIDADE 04: O Efeito Tyndall.

- Demonstramos aos alunos a partir do experimento que a luz possui comportamento de uma partícula ao incidir horizontalmente um laser sobre um béquer contendo água.

- Os alunos observaram a mudança de comportamento da luz após atravessar o béquer com água, em que houve uma divergência da luz incidida.

- A explicação para a divergência da luz ao atravessar o béquer com água se dá pelo fato de que existem átomos presentes na água que são bombardeados pelas partículas presentes na luz.

- Foi solicitado aos alunos, em seguida, que eles propusessem outro modelo atômico, agora sob a perspectiva histórica de Rutherford-Bohr, com base nos resultados observados.

- O objetivo era fazê-los ver na prática o que Rutherford havia observado no seu experimento com o bombardeamento das partículas alfa, ou seja, grande parte da luz permanecia centralizada no anteparo, portanto não sofreram nenhum desvio. Já outra parcela das partículas foi desviada, causando a divergência da luz.

- Por fim, os alunos construíram um modelo de acordo com o observado no Efeito Tyndall, em que de modo geral, seus modelos propunham uma região do átomo que seria neutra, o que permitia a passagem de algumas partículas sem sofrer desvio (denominaram núcleo) e outra região do átomo que provocava alguma força elétrica de atração/repulsão que fazia outra parte das partículas desviarem.

Como encerramento das atividades, foi proposto um questionário aos alunos, que o fizeram individualmente e responderam a quatro perguntas, sendo que a última era de cunho pessoal, em que os alunos fariam uma avaliação da forma como nós abordamos o conteúdo fora do ambiente de sala de aula. De modo geral, obtivemos boas respostas e notamos através delas que os alunos realmente tinham compreendido o assunto, sendo que a maioria respondeu que as abordagens fora de sala de aula são bem mais interessantes, com relação à última questão, porque eles conseguem praticar, interagir e dessa forma aprender melhor. Logo, concluímos que a interação entre professor e aluno deve existir para que dessa forma eles não somente sejam ouvintes e apenas absorvam o conhecimento que lhes é dado, mas que possam interagir com outros alunos através da prática, de dinâmicas, entre outros, pois dessa forma conseguimos fazer com que eles se interessem pelas aulas e com isso obtenham melhor rendimento no processo de aprendizagem.

Nenhum comentário: