A maioria dos abalos sísmicos é de origem
natural da Terra. A força das placas tectônicas desliza sobre a astenosfera (zona do manto externo, menos rígida que a litosfera)
podendo colidir, afastar-se ou deslizar-se uma pela outra. Através dessas
forças as rochas vão se alterando até seu ponto de tensão. Posteriormente as
rochas começam a se romper e liberam uma energia acumulada durante o processo
de deslocamento. A energia então é liberada através de ondas sísmicas pela
superfície e interior da Terra.
O alcance e o impacto dos abalos sísmicos dependem da energia
que liberam; seu ponto de origem está geralmente localizado em uma profundidade
não superior a 30 km, sendo denominado foco. O epicentro é o ponto da
superfície terrestre localizado verticalmente acima do foco; as ondas de choque
deslocam-se para o exterior do epicentro com velocidades distintas em
diferentes camadas da crosta terrestre.
Existem
diversos tipos de ondas elásticas que são liberadas quando ocorre um abalo
sísmico. Os tipos mais importantes são:
· Ondas P
(ou primárias) -
movimentam as partículas do solo comprimindo-as e dilatando-as. A direção do
movimento das partículas é paralela à direção de propagação da onda;
· Ondas S
(ou secundárias) -
movimentam as partículas do solo perpendicularmente à direção da propagação da
onda.
As ondas P
propagam-se pela crosta terrestre com velocidade típica de 6 a 8 km/s em rochas
consolidadas; a velocidade das ondas S
é tipicamente 0% a 70% da velocidade da onda P no material.
Medindo a magnitude de um Abalo
Sísmico
Os
abalos sísmicos são classificados de acordo com a energia mecânica, ou onda de
choque, que liberam. Os sismógrafos são instrumentos utilizados para
registrar a hora, a duração e a amplitude de vibrações dentro da Terra e do
solo.
Eles
são formados por um corpo pesado pendente a uma mola, que é presa a um braço de
um suporte preso num leito de rocha. Se a crosta terrestre é abalada por um
terremoto, o cilindro se move e o pêndulo, pela inércia, se mantém imóvel e
registra em um papel fotográfico as vibrações do solo.
Os
terremotos são classificados principalmente pela escala de Richter, fórmula
matemática que determina a largura das ondas.
Há
também a escala Mercalli, menos usada, com valores que vão de zero a 12 pontos.
Menos precisa, a escala classifica os terremotos de acordo com o seu efeito
sobre construções e estruturas.
Fontes: