quinta-feira, 18 de setembro de 2014

REMÉDIO À BASE DE MACONHA ALIVIA EPILEPSIA EM CRIANÇAS





Veja como a erva ajuda a tratar a epilepsia e assine a petição on line 

             A justiça brasileira autorizou, pela primeira vez, a importação de um medicamento derivado de maconha contra a epilepsia. O medicamento reduziu a ocorrência de convulsões e trouxe alívio a vida de Anny de Bortoli Fischer, uma garotinha de 5 anos de Brasília. Mas a última remessa encomendada pela família de Anny foi retida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já que a venda de maconha e seus derivados é ilegal no Brasil.

 
A decisão da justiça não libera a venda do medicamento no país e nem vale para outras pessoas.

"A substância revelou-se eficaz na atenuação ou bloqueio das convulsões e, no caso particular da autora, fundamental na debelação das crises recorrentes produzidas pela doença de que está acometida, dando-lhe uma qualidade de vida jamais experimentada", diz o magistrado.

O juiz acrescentou que, embora a Anvisa esteja fazendo estudos sobre o medicamento, a paciente não pode esperar pelos resultados. "Não há como fazer a autora esperar indefinidamente até a conclusão desses estudos sem que isso lhe traga prejuízos irreversíveis."

 Em casos extremos, essas convulsões podem matar a pessoa. O canabidiol não cura a doença, é claro. Mas tem se mostrado mais eficaz que outras drogas no alívio das crises. Há, porém, dúvidas sobre seus possíveis efeitos nocivos em tratamentos prolongados, já que faltam testes clínicos com a droga.

      Uma petição online está coletando assinaturas com o objetivo de reclassificar o Canabidiol como droga de uso controlado. A substância está presente na Cannabis Sativa, que tem seu consumo, produção e distribuição ilegais em território brasileiro.
          A petição pretende chegar a 10 mil assinaturas para ser entregue à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O documento está no ar desde 17 de julho e pode ser acessado pelo endereço: https://secure.avaaz.org/po/petition/Agencia_Nacional_de_Vigilancia_Sanitaria_Queremos_que_o_CANABIDIOL_seja_reclassificado_para_droga_de_uso_controlado/?dtNKXeb

     O autor da petição defende que o Canabidiol não gera dependência e tem efeitos colaterais toleráveis em contraposição a outras drogas legais que causam dependência e danos graves à saúde.


A Maconha e seus princípios ativos

           A maconha (Cannabis sativa) possui uma mistura de 400 substâncias químicas e contém 80 princípios ativos. 
 Entre estas substâncias vamos dar atenção a duas o THC (tetraidrocanabinol), e o CBD (canabidiol)

O THC 
Composto da família dos fenóis, é o principal componente da planta da maconha, sendo responsável por seus efeitos alucinógenos.
Ele é encontrado em todas as partes da planta, mas especialmente nas flores e resina das plantas fêmeas. Já a sua concentração em cada planta depende de vários fatores, tais como o tipo de solo, o clima, a época de colheita e assim por diante.
A maconha possui outros alucinógenos, mas o THC é o mais potente. O uso da maconha também faz com que a pessoa fique sem vontade de fazer mais nada, pode causar dependência, gerar vermelhidão nos olhos, boca seca, visão e audição distorcidas, sistema imunológico prejudicado; os batimentos cardíacos ficam acelerados, dando uma sensação de euforia, seguida de relaxamento e riso fácil. Também torna o homem infértil durante o seu uso e diminui a quantidade de testosterona produzida, que é o hormônio sexual responsável pelas características masculinas, tais como voz grossa, barba, músculos e produção de espermatozoides.
Por esses e outros motivos relacionados, tais como o desenvolvimento de cânceres, é que a maconha é uma droga ilícita no Brasil.
Mas o THC também é usado em determinados casos específicos por médicos, como no caso de diminuir as ânsias de vômitos e náuseas em pacientes de câncer que são submetidos a tratamentos por radiação e também no caso de pessoa com glaucoma, a fim de diminuir a pressão do globo ocular e evitar uma possível cegueira.
  
O CDB

Estudos feitos em diversos países apontam que o canabidiol, um outro princípio ativo da planta, que representa mais de 40% dos extratos de C. sativa, é eficaz no tratamento de depressão, esquizofrenia, epilepsia, transtorno bipolar e até leucemia e doenças neurodegenerativas, como mal de Alzheimer, além de ajudar a conter inflamações e controlar a pressão arterial.

        O CBD (canabidiol) é um componente da maconha que não dá "barato". Seu único efeito adverso é sedação em doses muito altas. A substância tem sido usada como remédio em parte dos Estados Unidos e Israel, entre outros países.

É importante que fique claro que o CBD não é sinônimo de maconha. O CBD, isoladamente, é uma substância muito segura, sem potencial de abuso. A substância mediadora dos efeitos de abuso da maconha é o THC. O fato de que maconha é droga de abuso não é argumento para proibir o CBD. Da mesma forma, o fato de que o CBD tem aplicações medicinais não é argumento para dizer que fumar maconha é bom. O CBD, de fato, pode ser útil para determinados pacientes com epilepsia. No entanto, para que ele seja utilizado de forma mais ampla, são necessários mais estudos clínicos comparando-o com outros anticonvulsivantes, mas, infelizmente, as restrições legais têm impedido tais estudos. É importante também ressaltar que a luta de pacientes e de familiares pela aprovação do CBD medicinal para o tratamento das epilepsias de difícil controle não tem nenhuma relação com o movimento daqueles que incentivam o uso recreativo da maconha.


Para saber mais:


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